terça-feira, 29 de dezembro de 2015

FALANDO DA ABI

REINALDO LEAL -


Caros Conselheiros e Associados:

O saudoso Arthur Cantalice sempre  dizia que devia me associar a ABI, a qual ele foi sempre muito dedicado, tendo falecido durante uma reunião do Conselho Deliberativo, onde era conselheiro.

Para quê? Sendo filiado desde o início dos anos 70 ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro,  tinha direito de me consultar com os médicos da ABI, em razão de convênio a meu ver só favorável ao sindicato.

Comentei a respeito com dois presidentes da ABI.

O convênio continua a vigorar.

Associei-me a Associação dos Empregados do Comércio, onde atualmente sou conselheiro, porque eles tem um serviço médico e odontológico exemplar, gratuito para todos os seus associados. Alem de muitas outras atividades e serviços.

Infelizmente na ABI faltam profissionais, os que morrem ou se aposentam não são substituídos e são poucos os que ainda restam.

Os muitos convênios que tinham estavam totalmente desatualizados e agora nem mais existem.

O advogado da ABI fez um acerto com o restaurante que funciona no térreo, que concede parte das refeições para os funcionários e um pequeno desconto para os associados.

Considerando que só paga de aluguel em torno de trinta mil reais, se desse de graça ainda estava no lucro.

Entrei para a ABI para servi-la e não para dela me servir.

Para tanto usando da minha experiência no exercício de diversos cargos de direção em clubes e associações e em cargos executivos de chefia no Governo Estadual e no Município do Rio de Janeiro.

Não gosto de diretores que usam as instituições para terem privilégios, usufruírem de mordomias, benefícios pessoais e mais o que valha.

Acho isso profundamente desonesto. O afastamento e até a punição dessas pessoas é benéfico as instituições e vale como exemplo para outros oportunistas.

Assim que me filiei a ABI, criei algumas sugestões que entreguei aos dois candidatos a presidência antes das últimas eleições, aos quais cumprimentei após a apuração.

Foram elas:

01 - Elaborar pesquisa para os filiados visando conhecer as suas preferências;
02 - Conceder gratuidade de um ano para novos jornalistas;
03 - Levantamento diário de reparos a serem realizados na sede;
04 - Permanente prestação de contas de todos os departamentos no Jornal da ABI;
05 - Informatização (máxima de tudo);
06 - Tornar rentáveis os espaços ociosos;
07 - Criar Plano de Cargos e Salários para os funcionários;
08 - Criar comissão para elaborar projetos e dar ideias.

Propus ainda as seguintes alterações Estatutárias:

01 - Limitar o número de reeleições do Presidente e do seu Vice;
02 - O Presidente e o seu Vice seriam eleitos pelos associados e indicariam os seus diretores, permitindo assim uma administração mais dinâmica, facilitando as demissões quando necessárias. O sistema de colegiado não funciona. Muitas das vezes diretores incompetentes e inúteis, para não falar o pior,  exercem seus mandatos sem que possam ser demitidos só porque foram eleitos.
03 - O Conselho Fiscal passaria a ser integrado por representantes de chapas de oposição, respeitando os coeficientes eleitorais, salvo quando eleição em chapa única.

Desejo esclarecer que não tenho nenhum objetivo pessoal de exercer cargos nem de disputar eleições na ABI ou em quaisquer outros lugares.

Também não estou fazendo campanha eleitoral de ninguém até a presente data.

Nem movimento de oposição a atual diretoria.

Este informativo só tem por finalidade dar a minha modesta contribuição para a ABI.

O tempo que um conselheiro dispõe nas reuniões é pouco para abordar todos esses assuntos.

Na moderna administração as decisões tem que ser postas em prática com a velocidade que os tempos exigem. Na ABI tudo é muito lento e demorado. Quando acontece. Na maioria das vezes boas e possíveis propostas são ignoradas.

Fui eleito Suplente de Conselheiro. Curiosamente o meu mandato teve início muito tempo antes da eleição. Deve ser um caso único na história. Terei assim um mandato menor.

Ao assumir propus que fosse inaugurado na ABI um espaço com o nome de Arthur Cantalice. Todos bateram palmas. Não foi posto em votação e até hoje não se concretizou.

Em outra reunião sugeri que a disposição das mesas nas reuniões do Conselho Deliberativo fossem em formato de U, permitindo que todos se vissem o tempo todo. Todos aplaudiram. De novo não foi posto em votação e nada aconteceu.

Finalmente propus, em carta que entreguei a então Presidente do Conselho Deliberativo Joseti Marques, que não mais fossem concedidas anistias aos sócios inadimplentes. Por razões que desconheço nunca foi posto em votação.

Pago anuidade. Já paguei duas anuidades e duas carteiras.

O permanente perdão das mensalidades em atraso nos dias das eleições é um total desserviço à instituição, estimulando ainda que os sócios quites passem a não pagar. Estou na dúvida se pago ou aguardo a próxima anistia. A ABI até hoje não tem cobrança em débito automático na conta bancária como tem a Associação dos Empregados do Comércio.

Sou membro da Comissão de Sindicância. Aprovamos propostas que estavam pendentes, algumas há mais de dez anos. Parece que não existia o interesse em que o quadro social aumentasse para preservar uma espécie de feudo. Ou célula, se assim preferirem alguns. Pobre ABI.

Sou membro da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos que não mais fez reunião com os seus membros.  Justiça se faça, quando foi presidida por Daniel Mazola fez várias reuniões às quais sempre compareci.

E membro da Comissão Diretora da Diretoria de Assistência Social que nunca foi convocada.

Para que existirem comissões se não são convidadas a atuar? Então que sejam desfeitas e somente seus presidentes resolvam tudo. Como já fazem.

Os mandatos das comissões se encerram neste dezembro. Não desejo mais participar de nenhuma. Não gosto de ostentar cargos nem títulos se para eles não posso contribuir com os meus conhecimentos e a minha ação.

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