DANIEL MAZOLA - Via Tribuna da Imprensa online -
A Associação Brasileira de Imprensa tem responsabilidades além da defesa dos
Jornalistas, a ABI tem responsabilidade com a democracia, os direitos humanos e a defesa incondicional do povo
brasileiro.
Milito na defesa da ABI há mais de uma década, sempre
pautado nas atribuições e no legado histórico dessa respeitada entidade
(Artigos I e II do Estatuto). Foram muitas intervenções, articulações e
iniciativas nos últimos anos ao lado de outros companheiros para manter a
Associação Brasileira de Imprensa nos trilhos da luta de classes, em defesa das
demandas populares da sociedade.
Essa é a Casa de bravos lutadores como BARBOSA LIMA
SOBRINHO, cidadão que sempre buscou “assegurar e ampliar as conquistas sociais
do povo brasileiro, (...) e tendo por finalidade maior a defesa da ética, dos
direitos humanos e da liberdade de informação e expressão.” (Art. 1º do
Estatuto).
Artigo 2º: “À Associação Brasileira de Imprensa, na
qualidade de fórum da sociedade civil, cabe promover e articular movimentos em
defesa do patrimônio e da soberania nacionais”. Todos os associados devem
obediência e respeito ao Estatuto, no texto diz o que devemos assegurar,
promover e articular em conjunto.
Somente os jornalistas-militantes conscientes podem
continuar fazendo da nossa Entidade "a ABI das liberdades e das
lutas", que ATUA! Mas parece que alguns "colegas" não pensam
assim. Insistem em manter nossa entidade ultrapassada, no ostracismo e afastada
da massa popular. Dezenas de associados e centenas (talvez milhares) de
ativistas políticos de todas as matizes e correntes concordam com meus
argumentos e preocupações, sabem que a ABI demanda profunda reestruturação, mas
até agora não foi colocado em prática nenhum Plano de Ação da diretoria nesse
sentido. Só promessas, de convênios com FIESP, SEBRAE E FIRJAN e perseguições a
quem quer levar o movimento social e suas bandeiras de luta pra dentro da ABI,
além da caixas pretas e blá blá blá...
Algumas
perguntas precisam se tornar públicas e insistem em se fazer necessárias
respostas urgentes. Volto a insistir com a finalidade de
tirar a ABI desse desalinho político e de melhor preservar o patrimônio, a
estabilidade administrativa e a segurança financeira da Instituição:
01- As despesas de locomoção dos membros do Conselho
Deliberativo residentes em outros Estados, estariam sendo pagas pelos cofres da
instituição ou pela verba enviada para representação da ABI de São Paulo? Entre
outros, da presidente do Conselho Deliberativo Joseti Marques.
02- O diretor de Jornalismo, residente fora do Estado,
tem suas viagens ao Rio de Janeiro, pagas pela ABI?
03- Quantos empregados a ABI mantém de fato nos seus
quadros funcionais. 40, 50?
04- Quais as funções de cada empregado, considerando
que mais da metade do orçamento da entidade, tem sido destinado para folha de
pagamento?
05- Quantos são realmente os processos contra a ABI, e
como andam as ações?
06- A representação do MPT fixou um valor de multa
altíssimo, estimado em mais de R$ 1 milhão para a entidade pagar, a quantas
anda isso? Quem são os responsáveis pela omissão desse caso?
07- O PC de luz foi condenado pelos Bombeiros, pagamos
uma multa exorbitante e até agora não resolvemos o problema?
08- O ar-condicionado do auditório continua uma
lástima, prejudicando nossa arrecadação com aluguéis, até quando?
09- Sabe-se que o TRT não vai alugar três andares do
edifício-sede por causa das inúmeras ações e penhoras do imóvel. Até quando?
10- Porque a Ata que não foi aprovado por falta de
quórum enaltece entidades como FIRJAN, FIESP e SEBRAE?
11- A Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e
Direitos Humanos teve sua coordenação (mesa diretora) desfeita irregularmente
para atender que tipo de interesses?
12- Porque abriram Comissão Especial de Sindicância e
afastaram apenas o diretor Orpheu Santos Salles se Domingos Meirelles também
foi acusado pelo Orpheu, e Domingos Meirelles é diretor da
instituição por longas gestões e sempre no mínimo se omitiu para todos os
casos?
13- Porque colocaram Fichel Davit Chargel na Comissão
Especial de Sindicância contra o Orpheu Santos Salles sabendo que ele é seu
desafeto e responde processos colocados por Orpheu (veja abaixo), é ético isso, na casa da
democracia?
0005148-96.2014.8.19.0001
Querelante: ORPHEU SANTOS SALLES
Querelado: FICHEL DAVIT CHARGEL
Fase: Conclusão ao Juiz
Comarca: Comarca da Capital
Serventia: Cartório da 37ª Vara Criminal
0324511-93.2014.8.19.0001
Querelante: ORPHEU SANTOS SALLES
Querelado: MARCUS ANTONIO MENDES MIRANDA
Fase: Juntada de Mandado
Comarca: Comarca da Capital
Serventia: Cartório da 36ª Vara Criminal
0465882-45.2014.8.19.0001
Querelante: ORPHEU SANTOS SALLES e outro(s)...
Querelado: RAUL RODRIGUES AZEDO e outro(s)...
Fase: Conclusão ao Juiz
Comarca: Comarca da Capital
Serventia: Cartório da 39ª Vara Criminal
14- Porque a "democratização da mídia", a
"descriminalização e regulamentação das drogas ilícitas", o tema
"segurança pública", entre outros de suma importância para o conjunto
da sociedade estão vetados de serem debatidos amplamente na Casa? Porque
desagrada tanto ao presidente da entidade que eventos e seminários sejam
organizados pela Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos
Humanos, e abertos a população?
15- Porque perseguir e punir este
conselheiro-militante, em ato unilateral do Presidente e SEM DIREITO DE DEFESA?
Será porque tentei obedecer e respeitar o Estatuto e as atribuições e
assegurar, promover e articular com o movimento social?
Nossa Instituição não existe apenas para tratar de
assuntos da categoria, o estatuto é claro quanto a nossas atribuições. Já
encaminhei pedidos de providências, requerimentos e ofícios, que não foram
protocolados na secretaria por ordens da diretoria, mesmo assim enviei por AR
(Correio) e para os e-mails corporativos da entidade em nome do
diretor-presidente e demais diretores, e da presidente do Conselho
Deliberativo. Mas até agora não houve resposta, por quê? Até quando?
Como fui vítima (entre outros confrades) de humilhações
e arbitrariedades do diretor-presidente Domingos Meirelles, informo que estou
entrando com ações indenizatórias, (voltarei a falar delas em outros artigos
aqui mesmo) por danos morais, e ação anulatória e condenatória com pedido de
tutela antecipada. A Comissão de DLIDH precisa estar a disposição das demandas
do povão. Todos os necessários questionamentos tem o louvável interesse de
cobrar transparência dos atos da atual gestão, um direito que não há de se
negar, estou apenas zelando pelo papel político e administrativo da centenária
Entidade.
Face ao momento que enfrentamos no cenário nacional de
difícil situação política, econômica e financeira precisamos - na qualidade de
instituição devotada à defesa dos direitos humanos e do respeito às disposições
constitucionais que garantem as liberdades públicas - cada vez mais da “ABI NAS
LUTAS!”.
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